Histórias por sorrisos

“ Contar histórias para ver um sorriso abrir, um olhar recuperar o brilho. “

O projecto Histórias por Sorrisos, promovido de outubro 2005 a junho 2006, pretendeu sensibilizar a comunidade em geral e os profissionais com funções junto do público senior, para a importância da leitura e do livro, tendo por fim o desenvolvimento de acções de voluntariado através da leitura.

A proposta base era uma pequena formação na área da narração oral, na qual os interessados se inscreviam para adquirir competências e habilidades inerentes à atividade do contador de histórias, que usariam posteriormente na criação de um espaço de intercâmbio de saberes e histórias com os idosos, num processo enriquecedor para ambos.

Objectivos:

– Promover a ocupação saudável dos idosos através da realização de actividades recreativas e culturais, minimizando assim o isolamento dos idosos.

– Estimular o convívio intergeracional

– Diversificar os espaços de promoção da leitura, favorecendo a familiaridade com os livros

Metodologia

Inicialmente procedeu-se à divulgação da formação de Contadores de Histórias, com inscrições gratuitas. Registaram-se 20 inscrições, sobretudo de profissionais que trabalham no apoio a crianças e idosos, mas também devoluntários dispostos a emprestar o tempo disponível à melhoria do bem-estar da comunidade.

Os 20 voluntários inscritos no projeto frequentaram uma formação de 15 horas, com a formadora e encenadora Diana Sá, intitulada Contadores de histórias, com início a 9 de janeiro. A formação teve como componentes a expressão corporal e vocal, memorização, improvisação, ritmo, recriação e narração de histórias.

No final da formação foram promovidas duas sessões de contadores de histórias, um para público adulto e outro para público infantil, resultado do trabalho desenvolvido por cada um na formação.

Posteriormente, os formandos, na sua ação de voluntariado junto do público senior na Santa Casa da Misericórdia de Vizela e no Centro Social e Paroquial de Santa Eulália, incluíram os contos como ferramenta para criar interações afetivas e comunicações significativas.

Avaliação

A avaliação relativa à formação, feita com recurso a conversas informais com os formandos, foi extremamente positiva e foi considerado que as competências relacionadas com a arte da narração oral foram adquiridas.

Na sua globalidade, e relativamente aos objetivos de ocupação do tempo livre dos idosos e favorecimento do convívio intergeracional, estes foram também atingidos.

“Decidi participar nesta formação pelo gosto pessoal de poder dar aos outros qualquer coisa. É difícil atrair os idosos para acções de entretenimento, devido ao seu baixo nível cultural, mas sinto que serei capaz de os divertir”, afirma Maria Fernanda Cardoso, de 62 anos, professora aposentada.

Nesta formação, ministrada pela actriz Diana Sá, os participantes receberam competências nas áreas de expressão corporal e vocal, memorização, improvisação, ritmo, recriação e narração de histórias.

“As técnicas e exercícios que aqui aprendemos possibilitaram que ganhasse maior à vontade junto dos espectadores”, contou Sílvia Monteiro, que trabalha com crianças do 1º ciclo no ATL do Centro Social Paroquial de Santa Eulália. Mafalda Lopes, bibliotecária e animadora da iniciativa infantil “Hora do Conto”, valoriza que “quanto mais expressamos o sentimento das personagens do livro, maior e mais entusiasta reacção obtemos do público”.

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