No meu tempo

Descrição

O projeto concelhio No meu tempo foi desenvolvido de Setembro 2015 a Outubro 2016 e consistiu em dar voz e valorizar as histórias de vida da população senior, através do registo e divulgação das mesmas, em 10 áreas previamente selecionadas (Infância, Relações, Tecnologia, Cidade, Escola, Profissões, Lazer, Vestuário, Comunicação, Medicina), numa lógica de comparação com os dias de hoje, ao mesmo tempo que se procurou o envolvimento da comunidade e do público escolar num projeto comum.

Promovido pela Fundação Jorge Antunes, em parceria com a Biblioteca Municipal FJA, Rotary Clube Vizela e os Agrupamentos de Escolas de Vizela e de Infias-Vizela, visou 2 públicos diferenciados:

Público senior: Promovido pela Fundação Jorge Antunes, em parceria com Rotary Clube Vizela, teve como público-alvo 11 adultos entre os 60 e 82 anos das turmas de alfabetização e tem como objetivos promover a aprendizagem ao longo da vida e envelhecimento ativo e simultaneamente contribuir para a preservação da memória histórica de Vizela. O Projeto conta com o apoio da Câmara Municipal de Vizela, Rádio Vizela, Rv Jornal.

Público escolar e famílias: Promovido pelos Agrupamentos de Escolas de Vizela e de Infias-Vizela, o projeto assume uma importância fundamental, já que vai permitir que as histórias do passado para além de serem recolhidas pelos alunos, sejam conhecidas e vividas pelas crianças e jovens de hoje. O envolvimento das famílias é outros dos objetivos fundamentais. No total participaram 35 turmas, do 1º ao 8º ano, com cerca de 1155 alunos.

Objetivos

Fortalecer a imagem da Fundação Jorge Antunes como casa de cultura aberta para a comunidade e facilitar o acesso a serviços socio-culturais
Contribuir para a preservação da memória histórica de Vizela
Promover o conhecimento junto do público escolar dos tempos antigos e da evolução em diversas áreas
Promover a comunicação entre gerações
Promover a aprendizagem ao longo da vida e envelhecimento ativo
Incentivar a participação em torno de atividades culturais e comunitárias
Promover a formação em torna das literacias e combater a info-exclusão

Metodologia

Foram realizadas cerca de 25 sessões, com cerca de 1h30 cada, onde se abordaram as temáticas definidas com recurso a conversa informal, questionários, visualização de fotos, filmes, livros e recortes de jornal. No final de cada sessão foi feito um resumo dos conteúdos abordados e realizado um vídeo curto onde cada participante exprimia a sua visão acerca do assunto em causa. Foram ainda realizados vídeos relativos à temática do Natal e Serra da velha com membros da comunidade. Os vídeos após edição foram colocados online no canal Youtube da Fundação Jorge Antunes e divulgados no Facebook e por email.

Ver canal do Youtube.

Para cada temática e com a colaboração de 2 fotógrafos de Vizela, Rui Pacheco e Jorge Lima, foram promovidas sessões fotográficas, aos sábados, com o objetivo de estabelecer a contradição entre os factos discutidos nas sessões e os dias de hoje. Assim, por exemplo, no tema da infância todos os participantes concordaram que antigamente ser criança implicava muito trabalho, e por isso, para estabelecer a diferença com os tempos de hoje, a fotografia recaiu sobre a brincadeira deles num parque infantil.

Com publicação no RV Jornal foram ainda escritos textos relativos às temáticas com base nas informações e histórias contadas nas sessões.

No dia 26 de novembro foi inaugurada a Exposição No meu tempo com fotografias de Jorge Lima e Rui Pacheco, com base no trabalho desenvolvido ao longo do projeto. Um convite a relembrar e a refletir sobre o passado e outra forma de viver, de comunicar, de se relacionar e de olhar o mundo.

Exposição disponível aqui.

Público escolar e famílias: As 10 temáticas foram divididas por anos de escolaridade e pelas turmas participantes de forma a não sobrecarregar o andamento escolar sendo que cada turma trabalhou um tema. Na sua maioria os alunos desenvolveram atividades muito diversas que passaram pelo preenchimento dos questionários das diferentes temáticas pelos pais e avós, pesquisas sobre o tema, familiares contaram as histórias na escola, exposições de tecnologia, gravações de vídeos, entre outros.

Avaliação

Os instrumentos de avaliação selecionados foram conversa e observação informal relativamente ao público senior e nas escolas foi ministrado um questionário aos professores envolvidos.

No que concerne ao público senior a sua avaliação foi a de que o projeto valorizou as suas experiências de vida e que o serem ouvidos contribuiu para um aumento na sua auto-estima. Da mesma forma, a divulgação dos vídeos e o verem-se nas redes sociais a par dos comentários positivos de familiares e amigos contribui também para que se sentissem valorizados.

As sessões foram descritas como momentos de lazer, descontração e aprendizagem onde se salientou o fato de se abordarem histórias do antigamente como elemento muito positivo. A valorização pessoal que adveio da exposição nas redes sociais foi outro fator apontado como muito positivo. Foi com vaidade que todos os participantes falaram ao referir que familiares e amigos “os tinham visto na internet”. A salientar a assiduidade a todas as sessões e a participação interessada nas sessões fotográficas e vídeos. É opinião de todos que o projeto deveria continuar. No que diz respeito à avaliação do público escolar e famílias foram obtidas respostas ao inquérito por parte de 21 turmas envolvidas no projeto.

Os professores envolvidos no projeto na sua larga maioria concordam totalmente que o projeto contribuiu para favorecer a comunicação intergeracional, estimular a participação da família nos projetos da escola, fomentar o conhecimento e a curiosidade dos alunos pela evolução da sociedade, salientar as diferenças entre ser criança hoje e ser criança no tempo dos pais e dos avó, dar voz e valorizar as histórias de vida da população adulta e senior e contribuir para a preservação do património imaterial de Vizela.

De salientar a nível de projeção do projeto que este foi apresentado no jornal da tarde da RTP 1 em 11 Setembro e foi replicado em outros jornais e programas como o Regiões.

Foi selecionado a nível nacional para apresentação no colóquio 30 anos de bibliotecas públicas que se realiza a 22 de outubro na Biblioteca Municipal Almeida Garret no Porto e foi ainda objeto de candidatura à 3ª edição das Boas Práticas em Bibliotecas Públicas, promovida pela DGLAB.

Face aos bons resultados, o projeto teve uma 2ª e 3º edições com os utentes da Santa Casa da Misericórdia de Vizela e os utentes do Centro de Dia do Centro Social e Paroquial de Santa Eulália.

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